12 de junho de 2011

NO CIRCO, O AMOR DE SUPERAÇÃO

Gente, hoje em homenagem ao Dia dos Namorados saiu uma matéria contando a minha história de amor com meu noivo no Jornal Bom Dia... classificada como a melhor história de amor. Vale a pena ler!


Professora se apaixona por artista antes do Globo da Morte, vira fã do espetáculo e resiste à distância até o felizes para sempre

Cristina Camargo
Agência BOM DIA

Quando era menino, antes de fugir com o circo, aos 8 anos, o artista Paulo Sérgio Rodrigues, o Rogerito, 29, já fingia ser malabarista e equilibrista. Era isso que contava para os amigos da escola na cidade gaúcha de São Sepé. Não sabia que o circo entraria de forma definitiva em sua vida, inclusive nos assuntos do coração.

Pois foi embaixo de uma lona que conheceu a namorada, a professora de natação Marcela Renata Zaratini, 24.

Quer dizer, foi Marcela que viu primeiro. Rogerito estava na plateia do Circo Beto Carrero, em Bauru, observando o número de balé que ensaiara. Carregava no colo o bebê de uma das artistas. Do lado, estava a babá da criança.

Marcela olhou e começou a viver sua história de cinema. Foi amor à primeira vista. Mas ela não ficou muito à vontade. Achou que a moça ao lado poderia ser a mulher de Rogerito. Imaginou que o bebê fosse o filho dos dois.

Virou, então, protagonista de uma paixão à distância. O Circo Beto Carrero ficou um mês e meio na cidade. Marcela foi em todos os espetáculos de quinta a domingo, após descobrir que Rogerito era uma das atrações do esperado Globo do Morte.

Olhava de longe, encantada, e isso bastava.

A família toda dela foi ao circo. Marcela ficou amiga dos artistas e até do gerente. De Rogerito, que nem imaginava a paixão, ficou longe.

O circo foi embora para Marília e o primeiro contato aconteceu no mundo virtual. A professora, então com 18 anos e ainda estudante, achou o e-mail do artista na comunidade do Beto Carrero no Orkut e mandou elogios ao espetáculo. Também comentou sobre o “filho” de Rogerito.

Ele respondeu dizendo que não tinha entendido a parte da criança e ficou esclarecido o assunto. Rogerito era solteiro, sem filhos.

“Aí, o coração fez tum, tum, tum....”, lembra Marcela.

Após muita conversa por email, os dois marcaram um encontro em Marília. No circo, claro. O primeiro beijo foi no espaço embaixo da arquibancada. Ele se apresentou no Globo da Morte e, ao agradecer o público, mandou outro beijo para a moça.

Festa de casamento deve ser embaixo de lona
Depois do início do namoro, Rogerito viajava com o circo e, nos intervalos, vinha para Bauru. Até que surgiu o convite para trabalhar na Europa. Um sonho. Ele foi e ficou quatro anos. Uma vez por ano, visitava a namorada.

No resto do tempo, os dois conversavam por telefone e internet.

A fase mais difícil aconteceu quando o artista embarcou para uma turnê na França depois de passar um mês inteiro ao lado de Marcela. Ele era o chefe da equipe do Globo da Morte e vivia um período difícil com os funcionários. Comia mal e estava triste.

Numa apresentação, apagou em cima da moto, caiu e se machucou. Foram três dias em coma, 15 no hospital, mais um mês para recuperação em casa.

Marcela temia que a família rejeitasse o namorado circense, mas aconteceu o contrário. Rogerito foi acolhido de braços abertos. Voltou para Bauru e resolveu procurar um emprego formal. Chegou a ser caminhoneiro, mas logo voltou para as artes.

Montou um show para festas, começou a se apresentar e fez sucesso. Agora ensina a arte do circo para crianças que frequentam a Casa do Garoto e está com a agenda cheia de eventos.

Marcela atua nos bastidores. É auxiliar do noivo. É parceira no projeto de montar o próprio circo e apostar nos novos artistas formados por Rogerito.

Os dois planejam o casamento, ainda sem data definida. A festa? Querem que seja embaixo da lona.

Onde mais poderia ser?


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